Custo de vida em BH registra aumento recorde

Cidade de Belo Horizonte

Viver na capital mineira ficou mais caro em setembro desse ano. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a evolução do gasto das famílias na cidade, teve alta de 1,31% em setembro, valor que não era registrado desde 1996.

A pesquisa foi divulgada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (Ipead). Segundo o órgão, um dos fatores que mais impulsionou a alta foi o aumento na energia elétrica de 6,6% no último mês. Além disso, a expectativa é que os preços continuem aumentando nos próximos meses, devido à aproximação das festas de fim de ano e expectativa de aquecimento do turismo.

“Uma inflação acima de um em pleno mês de setembro, em que não costuma ocorrer muita coisa, é bem preocupante. Para os próximos meses, no último trimestre do ano, a inflação já costuma subir, com aumento de consumo de alimentos, presentes e excursões de viagem. Como não estamos em um período comum e ao mesmo tempo temos fatores que geram inflação, a tendência é termos valores bem substanciais no final do ano”, explica Eduardo Antunes, gerente de pesquisa da Ipead. 

Antunes também pontuou que a meta da inflação estipulada pelo Banco Central para 2021, que é de no máximo 5,25%, dificilmente será cumprida. Em Belo Horizonte, a inflação chega a 6,6% neste ano e 9,3% nos últimos 12 meses. O gerente de pesquisa destacou ainda que a inflação na capital mineira pode passar de dois dígitos no final do ano.

O IPCA leva em conta 11 itens. Entre eles, além da energia elétrica, as maiores altas foram dos alimentos in natura, com aumento de cerca de 2,5%; alimentação em restaurante, que aumentou 2% e despesas pessoais, que subiram 1,5%.

CESTA BÁSICA NUNCA ESTEVE TÃO CARA EM BH

Em meio à alta da inflação, a cesta básica em Belo Horizonte atingiu, em setembro desse ano, o maior valor médio desde 1994. O preço chegou a R$588,42, ou seja, mais da metade de um salário mínimo.

Em setembro de 2020, a cesta custava, em média, cerca de R$98 a menos do que atualmente. Só entre agosto e setembro deste ano, o preço aumento 2,2%. A alta deste mês foi carregada por aumentos de itens como o tomate, que subiu cerca de 12% e a batata inglesa, cujo custo aumentou 9,4%. O arroz, que se tornou símbolo da alta de preços durante a pandemia, teve retração de 2,1% neste mês e quase 14% no ano, mas mesmo assim está 7,5% mais caro do que no mesmos período de 2020. 

Eduardo Antunes diz que é possível economizar, principalmente nos itens mais básicos. No entanto, é necessário ter o trabalho de pesquisar produtos alternativos e conferir valores em locais diferentes, porque, ainda segundo o gerente de pesquisa, é impressionante a diferença de preços dependendo do local.

Fonte: O Tempo

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